sexta-feira, 16 de março de 2012

A segunda vida de Francisco de Assis

 Escola Aviador Brito Paes

Sobre o autor:
José de Sousa Saramago  (Golegã , Azinhaga, 16 de Novembro de 1922 ) foi um escritor,argumentista, teratólogo, ensaísta, jornalista, dramaturgo, contista, romancista e poeta português.
Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Também ganhou. em 1995, o prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa Saramago foi considerado o responsável pelo efectivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa.

Resumo:
As personagens são Elias, Bernardo, Gilleão, Junípero, Rufino, Masseo, Pica, Francisco, Clara, Inês, Jacoba, Pedro e o outro Pedro.
No primeiro ato, o ambiente de cena dá-nos um discurso onde se vê, num flash histórico, a primitiva Ordem de São Francisco, apoiada num ideal de estrita pobreza. Em contraste com a primeira fase medieval, a Ordem é vista a partir daí como companhia organizada em moldes contemporâneos, chefiada por um presidente ativo, dotado de visão que caracteriza um homem realizado no mundo dos negócios. Gerida por Elias, a companhia tem seus negócios próprios, carteira de títulos, agentes na rua vendendo produtos básicos próprios e dispõe de uma máquina burocrática moderna, eficiente, com um lote de secretárias ativas que sabem usar telex, terminal de computador, dentro do espírito da moderna empresa. Trata-se realmente de uma visão franciscana, que não é a visão medieval registada por São Francisco.Francisco pede para que Elias venha à sua presença. Elias comparece. A partir do encontro dos dois, o discurso se
aprofunda e a peça tenta mostrar as diferenças entre a Ordem e a Companhia, entre o tempo histórico antigo e o tempo
atual, fazendo ressaltar dois estilos, duas épocas e uma nova realidade produzida pela mudança: "O que fundaste não
tem qualquer semelhança com o que existe hoje. O mundo mudou enquanto estiveste ausente", diz Elias a Francisco.
Na disputa de poder mostrada pelo discurso, Francisco faz um esforço fundamental para defender que "a companhia
nasceu para ser pobre e pobre deve voltar a ser". Em contrapartida, Elias responde que "a companhia dispõe de bens,
recebe legados, administra e faz render o dinheiro, investe em setores produtivos". Em vista dessa realidade pergunta a
Francisco se acha que é possível empobrecer por capricho ou vontade."
Com este texto literário de Saramago, a luta dos intelectuais pela democracia e pela justiça social mostra-se mais perto
dos puros ideiais da humanidade. 

Opinião:
Não gosto muito de livros de teatro mas gostei deste livro é muito interessante e muito giro.